Mente de principiante é importante para aprender sobre o ritual do chá. Pois é muito difícil aprender para aqueles que pensam que sabe tudo sobre o assunto.
Quanto mais sabemos sobre, isso pode ser um obstáculo para progredirmos no caminho do ritual da meditação.
Para compreender sobre o CHADAO (o caminho do chá), precisamos nos curvar a esse ensinamento, pois ele é um estado de espírito, escuta, e prontidão para compreender e vivenciar esse caminho.
É familiarizar-se em primeiro lugar com o momento presente, consigo mesmo, com a planta do chá, e com o ritual.
Meu professor de meditação, Lama Rinchen, sempre nos lembra que meditar é familiarizar-se consigo mesmo, e que meditar é tornar-se uma pessoa mais lúcida e mais presente.
É reconhecer nossos padrões mentais e desenvolver uma relação com o momento atual, o aqui e o agora. É construir uma postura que nos âncora na prática e na vida, e um processo contínuo de abrir-se e de arejar a mente.
Meditação é uma prática de autocuidado. Como quando despertamos todas as manhãs, nos banhamos, escovamos os dentes e nos arrumamos para o dia, deveríamos também limpar a mente ao acordarmos. Dessa forma, nos preparamos verdadeiramente para viver mais ancorados, observando sempre que todas as nossas ações refletem a nossa mente.
Meditar é criar anticorpos para as emoções negativas que nos visitam constantemente.
Por isso a meditação como o ritual do chá caminham juntos, pois para ambos é necessária habilidade genuína em se colocar disponível em observar-se constantemente, cada ação, cada pensamento, cada emoção. É fazer com que cada movimento se torne uma meditação, onde aprendemos a ouvir e a nos curvar perante a vida.
Hoje meu ritual do chá matinal, foi com um chá verde sencha japonês, com sabor herbal, um pouco amargo mas com um toque de doçura. O sencha me traz disposição sem agitar a mente, pelo contrário, acalma trazendo clareza para o início do dia que foi regado de muito estudo e comprometimento.
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