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Bem-vinda ao meu Atelier Poético


Quando o Rio da Criatividade Escurece
A verdade é simples e firme. O bloqueio criativo não é fracasso. É ciclo, estação, e inverno. Não há flores na geada, mas há sementes. E elas conversam com a terra em silêncio. A mulher criadora precisa aprender esse silêncio. Precisa olhar em volta. Precisa respirar com mais presença. Precisa enxergar de novo o que está diante dela. A vida real, não a imaginada.
há 2 dias4 min de leitura


Ofício de Tecer
Há algo de profundamente feminino em trabalhar com o têxtil. O fio é uma extensão da vida, e as mulheres sempre souberam disso, mesmo sem dizer palavra. O que me toca é perceber como, em tantas partes do mundo, há mulheres que continuam tecendo como quem respira.
6 de nov.4 min de leitura


Entre o regador e o fogo da panela
O Ateliê Botaniká nasce dessa visão. Um espaço vivo, onde o fazer artístico é extensão natural do cuidar da terra. Um ateliê que respira, onde o tempo é o da maturação das cores, o do cozimento lento, o do ciclo das estações. Quero que quem vier aqui perceba isso: que arte e natureza não são opostas, são continuação uma da outra. Que tingir um tecido pode ser um ato de contemplação, e regar a horta pode ser uma forma de pintura.
9 de out.4 min de leitura


O Tempo que Escorre e o Tempo que se Ordena
Hoje, enquanto colhia couves no quintal, pensei no tempo. O tempo da gente parece muito com o da horta. Se deixo solto demais, vira...
25 de set.3 min de leitura


Sonho de chão, parede e cores
Se me perguntarem o que mais me sustenta neste caminho, eu direi: o gosto pela simplicidade, o amor pelas coisas pequenas, a coragem de nunca ter negado uma transformação. Sempre vivi de mudanças, e foi isso que me deu uma vida tão rica e criativa. Nunca temi trocar de rumo, nunca temi me reinventar. Aprendi que é na flexibilidade que mora a força verdadeira.
18 de set.3 min de leitura


O ouro secreto da menopausa
Peço então que se pense a mulher como semente; na perimenopausa, essa semente cai na terra escura; tudo parece abafado e confuso; a casca precisa se desfazer para que algo novo possa surgir; na menopausa, o broto rompe a superfície e encontra a claridade; é um recomeço de si mesma; no pós-menopausa, esse broto se ergue em direção ao sol, amadurece como fruto e carrega em si a doçura da experiência; e, por fim, a árvore inteira se mostra, com raízes profundas e copa larga;
4 de set.4 min de leitura


Quando uma mulher se escuta, ela floresce
Descobriu que escrevia poesia. E não qualquer poesia, ela realmente escrevia com alma.
Comoveu-me ver como suas palavras, antes sufocadas, começaram a respirar.
Havia algo muito especial em sua escrita. Como se estivesse, finalmente, conversando com sua essência.
31 de jul.3 min de leitura


Quando a Natureza Vira Cor
Descobri, nesses dias de imersão, que o tingimento natural não é apenas uma técnica: é uma forma de estar no tempo...
24 de jul.4 min de leitura


A Arte da Escrita Está Desaparecendo
Escrever à mão não é apenas tradição. É um ato de cuidado e criação. E talvez seja também um modo de resistência num mundo que corre demais.
17 de jul.4 min de leitura


O fuso que me fia
Fiar exige um jeito que não se força. É mais uma escuta do que um movimento. É preciso sentir a lã, respeitar seu tempo de torção, descobrir o ponto certo entre o puxar e o soltar. E aceitar que os primeiros fios nascem tortos, como as primeiras palavras de um novo idioma.
10 de jul.4 min de leitura


Será que a arte que não nos faz sentir… faz algum sentido?
Então me diga:
quando foi a última vez que você foi tocado de verdade por uma obra de arte?
Quando foi que um quadro, uma música, uma peça, uma dança ou uma história te atravessou de um jeito que você não soube explicar?
Quando foi que você se viu diante de algo tão vivo, que precisou parar, silenciar, respirar mais fundo?
Se faz tempo, talvez seja hora de sair.
3 de jul.2 min de leitura


Bordado intuitivo: quando a alma conduz a linha
Foi só depois de já estar envolvida com essa prática que comecei a entender de onde ela vinha. O bordado intuitivo não tem um criador oficial, tampouco uma origem única. Ele nasceu de muitos gestos dispersos no tempo, como se o próprio tecido da vida fosse nos ensinando a fazer sem medo.
Quando essa ideia encontra o olhar da arteterapia, o bordado se transforma em linguagem do inconsciente. Ao costurar sem padrões fixos, abrimos espaço para o espontâneo.
26 de jun.3 min de leitura


Vida artesanal: colar os pedaços com as próprias mãos
“A vida mais bonita é aquela feita à mão. Conscientemente construída com pedaços que você mesmo une. Não fabricada pelas pessoas, nem pela cultura.”
12 de jun.3 min de leitura
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